sexta-feira, 11 de abril de 2008

O caminho…


Passeando por ali e por além, sem olhar para trás, ando passo a passo pela frente de um caminho comprido e difícil de percorrer, ao nosso lado pessoas, verídicas ou falsas, algumas sim outras não. O caminho pouco visível, um buraco aqui e outro ali, pode ser mortal ou só assustador. Tanto pode ser uma grande subida como tão depressa pode ser uma descida em pico. Uma deficiência no caminho sem a ver, caímos, por vezes conseguimos levantar-nos depressa outras ficamos tempos e tempos a olhar para o nada sem reacção. Continuamos este caminho cada vez mais difícil, o tempo passa e nada se passa, o dia cada vez mais pequeno e a noite mais longa. Mais ao longe uma coisa pouca visível quase invisível, mas eu consigo ver, é como se uma pessoa se aproximasse de mim e quando enfim passa por nós o caminho fica mais agradável de ver. Não sei o que se passou, do nada, uma sensação tão agradável de sentir, será isto tudo uma ilusão? Acordando na realidade e outra vez este caminho, ainda mais destruído. Estou quase a chegar ao fim, de rastos, sem forças para avançar, de repente um rio de lágrimas vem contra mim, fico sem respirar debaixo de água, assim sinto o bem do amar, porque ainda há gente que gosta de mim para me deixar viver o resto da minha morte.

1 comentário:

Anónimo disse...

:)

Gostei de ler, Sérgio. Bravo.

Como aqui ficariam bem, na totalidade - se lhe conseguir reduzir o peso - ou colocados um a um, os textos da Sua Antologia? Tem uma belíssima selecção de textos e as imagens foram muitíssimo bem seleccionadas. Pense nisso!